O trabalho analítico é também político e social. Seus efeitos vão para além do sujeito que procura uma análise. É como mover uma peça no tabuleiro de um jogo e isso ter efeitos no jogo como um todo.
Escutadora de pessoas. Psicanalista contemporânea.
Me chamo Olívia Mentone Nogueira, sou psicanalista nascida em São Paulo e atualmente moro na França.
Em minha trajetória busquei e sigo buscando aprender a escutar pessoas. Escolhi a psicanálise como centro desse trabalho, mas é também a partir da dança, da música, da integração estrutural, entre outras práticas, que construo minha habilidade de escutar. Partindo do pressuposto de que cada pessoa se comunica e se manifesta de múltiplas maneiras, através da palavra em suas diversas formas e para além dela – no som, no olhar, no gesto, no silêncio, na organização corporal… – entendo a escuta analítica também como múltipla. Daí o nome Multiescuta.
Minhas primeiras experiências com a psicanálise são anteriores à minha formação em Psicologia, tendo se iniciado em 2007. Pratico uma psicanálise contemporânea que tem como ponto de partida a psicanálise lacaniana, sobretudo pela ética de escuta do inconsciente. A psicanálise, é uma área do saber que avança e se transforma ao longo do tempo, e nos permite sempre produzir (re)leituras. Gosto bastante do diálogo com outras áreas do saber, de maneira transdisciplinar e entendo que isso nos ajuda a construir psicanálise.
O trabalho analítico é também político e social. Seus efeitos vão para além do sujeito que procura uma análise. É como mover uma peça no tabuleiro de um jogo e isso ter efeitos no jogo como um todo.
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